segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Série: "Música Orgulho Sul-mato-grossense" - Marcelo Loureiro

Marcelo Loureiro é uma das maiores expressões artísticas brasileiras, reconhecido nacional e internacionalmente pela sua inegável habilidade com instrumentos de corda. O instrumentista estará presente na minha Série denominada "Música, Orgulho Sul Matogrossense", que retratará outros 13 nomes do cenário Musical do Mato Grosso do Sul, escolhidos através de votação entre meus seguidores do Facebook.

Foto: Cristiane Krugel
Tive a oportunidade de retratar o músico que se apresentou no dia 20 de outubro de 2016 no Teatro Dom Bosco, em Campo Grande-MS, com um show Beneficente em prol da entidade Obras Sociais Casa da União – Lar de Santana (Casa da União) o espetáculo: Cordas Instrumentais, emocionou quem esteve presente.

A organização do evento me cedeu um espaço no palco para que eu pudesse começar a pintar a tela que inicialmente faria parte da minha Série “Música, Orgulho Sul Matogrossese”. A técnica utilizada é o Nanquim e Aquarela, sombreado com traços e manchas.

Foto: Cristiane Krugel


Foto: Cristiane Krugel




Esse trabalho foi minha primeira experiência com o "quem sabe faz ao vivo", no palco, com o artista durante sua apresentação. Não só por isso, mas a realização deste foi muito emocionante por se tratar de um trabalho retratando esse artista e ser humano tão admirado por mim.

Foto: Arquivo Pessoal
Sua história com a Música e a ligação com seu avô materno, me encantaram desde que o conheci. Loureiro atribui ao avô a influência na música e o contato com o violão,  aos 12 anos de idade.

É admirável a relação que Loureiro tem com sua arte, a dedicação com a qual o músico desenvolve seu trabalho, e a sensibilidade do mesmo ao se envolver com projetos sociais que usam a música como alternativa para um futuro melhor, motivando vários jovens. Além de ser um grande talento musical, Marcelo Loureiro é desses artistas que contribuem para a construção da sociedade que queremos.

Foto: Cristiane Krugel



O segundo momento foi durante a apresentação do Músico no som da Concha, no dia 23 de outubro, na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas.



A 1ª ela foi presenteada ao Músico
Foto: Melissa Azambuja

A continuação do Trabalho no Ateliê  foi com Aquarela, Stencil e
Tecnica de Envelhecimento
Trouxe para o palco a tela anterior, que fora finalizada no meu ateliê. Durante a apresentação de Loureiro, iniciei a pintura de outro retrato dele com a harpa, que também será finalizada no meu espaço de trabalho. 

Foto: Fundação de Cultura -MS

Foto: Fundação de Cultura- MS
Foto: Melissa Azambuja












Mais sobre o artista...


Marcelo Loureiro começou a tocar violão aos 12 anos de idade como autodidata, influenciado por seu avô, e aos 13 anos deu início aos seus estudos de violão com o professor Djalma Alves Corrêa, que percebeu seu talento ao se diferenciar dos outros alunos no estilo e tirando as músicas de ouvido.
Em 1996, mudou-se para Campo Grande para estudar e começou a se aperfeiçoar na técnica do violão. Teve aulas de teoria musical com o professor José Maciel, solista da orquestra de violões de Campo Grande.

Em 1997 foi assíduo às aulas de violão clássico, popular, erudito e flamenco com o professor Cristiano Kotlinski. Nesse mesmo ano, foi para o Rio de Janeiro e participou de um workshop com o professor do conservatório de música do estado do Rio de Janeiro, Wagner Meireles.

Participou, no ano seguinte, de um Workshop de técnica violonística flamenca com o músico e professor Fernando de La Rua e também do VI Seminário de violão do conservatório musical Souza Lima, sob coordenação de Henrique Pinto - Master Class com Henrique Pinto, Everton Gloeder, Roberto Capocchi e Luiz Cláudio Ferreira. Entre outras participações em eventos, fez uma apresentação no Festival Del Chamamé em Corrientes, na Argentina.

O ano de 1998 marcou a sua vida. Foi quando descobriu um câncer e começou o tratamento que duraria dois anos. Apesar de diminuir o comparecimento a acontecimentos musicais, não parou de tocar, pois a música funcionava como uma terapia para ajudar a superar o grave problema de saúde.

Procurou adequar os seus compromissos com as sessões de quimioterapia. Assim, em 1999, tocou com a violeira Helena Meireles na comemoração dos cinco anos da TVE de Mato Grosso do Sul, participou do show regional na 39ª Feira dos Estados em Brasília – DF, do circuito cultural Banco do Brasil e do projeto Temporadas Populares, do governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

No ano de 2000, apesar de ainda estar em tratamento contra o câncer, participou do álbum “Pantanal 2000” com a música Mercedita, do I Encuentro Internacional Zicosur Musical, na cidade de Antofogasta – Chile, do Projeto Balaio Brasil do SESC – São Paulo e do quadro “Me leva Brasil” do Fantástico, da Rede Globo.

Com um singular talento que o levou a se apresentar em várias cidades do país, na Olimpíadas do Rio de Janeiro, em Nova York (EUA), na Itália, Chile e outros países, Marcelo Loureiro mostra uma impressionante habilidade com os instrumentos de cordas que escolheu para expressar sua vocação artística, iniciada com o piano quando ainda criança e arrebata as plateias com seu repertório clássico e regional.
Marcelo Loureiro é um artista que passeia nas notas da harpa com destreza e pelos acordes da viola e do violão com movimentos inigualáveis, como demonstram as músicas de seu até aqui único CD, "Alma Platina", com 10 canções em que os dedilhados fortes e os arranjos exclusivos para cordas fazem soar um encanto em cada peça.

Divisor de Águas: No final do ano de 1998, com apenas 20 anos, o instrumentista foi diagnosticado com câncer do tipo linfoma. Neste período, Marcelo parou sua rotina noturna em bares da Capital para tratar a doença e foi no ano de 1999 que ele decidiu levar a sério a carreia como músico solo instrumentista, pois, enquanto fazia o tratamento muitas pessoas o procuravam para ouvi-lo tocar.  Após dois anos de tratamento, o músico começou a participar de projetos culturais como show regional na 39ª Feira dos Estados em Brasília – DF, o circuito cultural Banco do Brasil e do projeto Temporadas Populares, do governo do Estado de Mato Grosso do Sul, além de tocar ao lado da violeira Helena Meireles. Foi dessa maneira que Marcelo começou aparecer na mídia e ficar conhecido no Brasil. Outros episódios foram sua participação no primeiro capítulo da novela América da Rede Globo, e também sua participação no Programa do Jô e no Filme “Desafio da Viola”, onde ele faz o papel do protagonista que é um anjo, conhecido como “Violeiro”.  Hoje o músico tem em sua rotina musical o violão, a harpa e a viola.