Marcelo Loureiro é uma das maiores expressões
artísticas brasileiras, reconhecido nacional e internacionalmente pela sua
inegável habilidade com instrumentos de corda. O instrumentista estará presente na minha Série denominada "Música, Orgulho Sul Matogrossense", que retratará outros 13 nomes do cenário Musical do Mato Grosso do Sul, escolhidos através de votação entre meus seguidores do Facebook.
Foto: Cristiane Krugel |
Tive a oportunidade de retratar o músico que se
apresentou no dia 20 de outubro de 2016 no Teatro Dom Bosco, em Campo Grande-MS,
com um show Beneficente em prol da entidade Obras Sociais Casa da União – Lar
de Santana (Casa da União) o espetáculo: Cordas Instrumentais, emocionou quem
esteve presente.
A organização do evento me cedeu um espaço no palco
para que eu pudesse começar a pintar a tela que inicialmente faria
parte da minha Série “Música, Orgulho Sul Matogrossese”. A técnica utilizada é
o Nanquim e Aquarela, sombreado com traços e manchas.
Foto: Cristiane Krugel |
Foto: Cristiane Krugel |
Esse trabalho foi minha
primeira experiência com o "quem sabe faz ao vivo", no palco, com o artista
durante sua apresentação. Não só por isso, mas a realização deste foi muito emocionante por se tratar de um trabalho retratando esse artista e ser humano tão admirado
por mim.
Foto: Arquivo Pessoal |
Sua história com a Música e a ligação com seu avô
materno, me encantaram desde que o conheci. Loureiro atribui ao avô a influência na música e o contato com o violão, aos 12 anos de idade.
É admirável a relação que Loureiro
tem com sua arte, a dedicação com a qual o músico desenvolve seu trabalho, e a
sensibilidade do mesmo ao se envolver com projetos sociais que usam a música
como alternativa para um futuro melhor, motivando vários jovens. Além de ser um
grande talento musical, Marcelo Loureiro é desses artistas que contribuem para
a construção da sociedade que queremos.
Foto: Cristiane Krugel |
O segundo momento foi durante a apresentação do
Músico no som da Concha, no dia 23 de outubro, na Concha Acústica Helena
Meirelles, no Parque das Nações Indígenas.
A 1ª ela foi presenteada ao Músico Foto: Melissa Azambuja |
A continuação do Trabalho no Ateliê foi com Aquarela, Stencil e Tecnica de Envelhecimento |
Trouxe para o palco a tela anterior, que fora finalizada
no meu ateliê. Durante a apresentação de Loureiro, iniciei a pintura de outro
retrato dele com a harpa, que também será finalizada no meu espaço de trabalho.
Foto: Fundação de Cultura -MS |
Foto: Fundação de Cultura- MS |
Foto: Melissa Azambuja |
Mais sobre o artista...
Marcelo Loureiro
começou a tocar violão aos 12 anos de idade como autodidata, influenciado por
seu avô, e aos 13 anos deu início aos seus estudos de violão com o professor
Djalma Alves Corrêa, que percebeu seu talento ao se diferenciar dos outros
alunos no estilo e tirando as músicas de ouvido.
Em 1996, mudou-se para
Campo Grande para estudar e começou a se aperfeiçoar na técnica do violão. Teve
aulas de teoria musical com o professor José Maciel, solista da orquestra de
violões de Campo Grande.
Em 1997 foi assíduo às
aulas de violão clássico, popular, erudito e flamenco com o professor Cristiano
Kotlinski. Nesse mesmo ano, foi para o Rio de Janeiro e participou de um
workshop com o professor do conservatório de música do estado do Rio de Janeiro,
Wagner Meireles.
Participou, no ano
seguinte, de um Workshop de técnica violonística flamenca com o músico e
professor Fernando de La Rua e também do VI Seminário de violão do
conservatório musical Souza Lima, sob coordenação de Henrique Pinto - Master Class
com Henrique Pinto, Everton Gloeder, Roberto Capocchi e Luiz Cláudio Ferreira.
Entre outras participações em eventos, fez uma apresentação no Festival Del
Chamamé em Corrientes, na Argentina.
O ano de 1998 marcou a
sua vida. Foi quando descobriu um câncer e começou o tratamento que duraria
dois anos. Apesar de diminuir o comparecimento a acontecimentos musicais, não
parou de tocar, pois a música funcionava como uma terapia para ajudar a superar
o grave problema de saúde.
Procurou adequar os
seus compromissos com as sessões de quimioterapia. Assim, em 1999, tocou com a
violeira Helena Meireles na comemoração dos cinco anos da TVE de Mato Grosso do
Sul, participou do show regional na 39ª Feira dos Estados em Brasília – DF, do
circuito cultural Banco do Brasil e do projeto Temporadas Populares, do governo
do Estado de Mato Grosso do Sul.
No ano de 2000, apesar
de ainda estar em tratamento contra o câncer, participou do álbum “Pantanal
2000” com a música Mercedita, do I Encuentro Internacional Zicosur Musical, na
cidade de Antofogasta – Chile, do Projeto Balaio Brasil do SESC – São Paulo e
do quadro “Me leva Brasil” do Fantástico, da Rede Globo.
Com um singular talento
que o levou a se apresentar em várias cidades do país, na Olimpíadas do Rio de
Janeiro, em Nova York (EUA), na Itália, Chile e outros países, Marcelo Loureiro
mostra uma impressionante habilidade com os instrumentos de cordas que escolheu
para expressar sua vocação artística, iniciada com o piano quando ainda criança
e arrebata as plateias com seu repertório clássico e regional.
Marcelo Loureiro é um
artista que passeia nas notas da harpa com destreza e pelos acordes da viola e
do violão com movimentos inigualáveis, como demonstram as músicas de seu até
aqui único CD, "Alma Platina", com 10 canções em que os dedilhados
fortes e os arranjos exclusivos para cordas fazem soar um encanto em cada peça.
Divisor de Águas: No
final do ano de 1998, com apenas 20 anos, o instrumentista foi diagnosticado
com câncer do tipo linfoma. Neste período, Marcelo parou sua rotina noturna em
bares da Capital para tratar a doença e foi no ano de 1999 que ele decidiu
levar a sério a carreia como músico solo instrumentista, pois, enquanto fazia o
tratamento muitas pessoas o procuravam para ouvi-lo tocar. Após dois anos de tratamento, o músico
começou a participar de projetos culturais como show regional na 39ª Feira dos
Estados em Brasília – DF, o circuito cultural Banco do Brasil e do projeto
Temporadas Populares, do governo do Estado de Mato Grosso do Sul, além de tocar
ao lado da violeira Helena Meireles. Foi dessa maneira que Marcelo começou
aparecer na mídia e ficar conhecido no Brasil. Outros episódios foram sua
participação no primeiro capítulo da novela América da Rede Globo, e também sua
participação no Programa do Jô e no Filme “Desafio da Viola”, onde ele faz o
papel do protagonista que é um anjo, conhecido como “Violeiro”. Hoje o músico tem em sua rotina musical o
violão, a harpa e a viola.
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